Cheguei há instantes do concerto dos Oasis. Para quem não sabe, muito do que sou devo à banda dos irmãos Gallagher. (A parvoíce, essa é mesmo graças à minha pessoa, obrigado. Faço por isso.) Porém, não sou o mesmo que, aos catorze anos, comprou o primeiro álbum de muitos que viria a comprar. Tantas vezes que o álbum (What´s the Story) Morning Glory?, o segundo da banda, foi ouvido. Tantas vezes que por causa da música, tanto a deles como a de outros que se seguiriam, descobri o que há de mais íntimo em mim. E também por causa do amor, o primeiro amor que é típico nessa idade. A inocência, tão bela, vai-se perdendo nos anos seguintes. Nos dias de hoje, parece que é perdida cada vez mais cedo. Ou que nunca existiu sequer. É tão preciosa. Mas nada é o mesmo. Prova disso mesmo foi o concerto desta noite. O entusiasmo de outrora não é o mesmo. Nem a pressa ou vontade de chegar a horas ao evento. Não por falta de respeito para com os artistas, mas aconteceu pela primeira vez não chegar horas a um espectáculo. Nem a disponibilidade para comprar logo o álbum da banda mal sai para o mercado. Nada é o mesmo. Nem em mim, nem neles. A voz. O olhar. Nada. Foi a constatação, uma vez mais, do inevitável e que nunca queremos admitir: nada é nem será como foi. E crescer é tão difícil! Nem o momento alto da noite, a actuação da música "Don´t Look Back in Anger" (a mesma que, sem qualquer receio de pieguice, mudou a minha vida), me devolveu esse sentimento sentido há muito tempo e durante o resto do concerto. Pelo contrário! Mas soube bem ouvi-la ao som de milhares de vozes. Se soube! Ainda assim, não quero que fiquem tristes por mim, pois uma mensagem importante, de esperança, fica no ar: Noel Gallagher, faz-me um filhinho! Dois, aliás! Gémeos! (Assim é uma pensão de alimentos mais choruda para o je. Ando cá a dormir, não? Não, mas deveria, pois já é tarde. Boa noite, caro leitor! E cuidado com o Papão!)
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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